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Hantavirose: veja como evitar a doença transmitida por roedores silvestres

A hantavirose é uma doença aguda e grave transmitida por roedores silvestres, mais frequente na área rural. As pessoas com maior risco de exposição ao hantavírus são os agricultores, pescadores, trabalhadores em áreas de reflorestamento, pessoas que vivem ou trabalham no campo e que fazem atividades em locais fechados como galpões, paióis, armazéns e casas de campo fechadas e pouco ventiladas. Pescadores, ecoturistas e pesquisadores científicos também estão mais expostos à virose.

Roedores silvestres são os transmissores da hantavirose
Roedores silvestres são os transmissores da hantavirose

Como se pega a doença

A doença é transmitida pela aspiração da poeira e de aerossóis contaminados com urina, fezes ou saliva de ratos silvestres ou até mesmo pela mordida desses roedores. A hantavirose se manifesta como uma síndrome cardiopulmonar e pode levar à morte em apenas 72 horas se não for tratada.

Quais os sintomas da hantavirose

Os sinais e sintomas podem aparecer até 60 dias após a pessoa se expor ao local contaminado. No início, a doença parece uma gripe forte. Pode causar febre alta, dor de cabeça, dor no corpo, e em alguns casos provoca diarreia, enjoo e vômitos. Tosse seca e falta de ar são sinais de agravamento da doença.

O que fazer

Ao perceber algum sintoma, procure imediatamente uma unidade de saúde. Lembre-se de dizer como é o local onde você mora e trabalha, principalmente se for em área rural, e se há roedores silvestres.

Quando a doença aparece

O ano inteiro. No entanto, no período de agosto a fevereiro ocorrem mais casos, porque os grãos estão armazenados nos paióis, trazendo os roedores para perto das pessoas. A ocorrência da hantavirose em Santa Catarina é registrada desde 1999.

Como prevenir a hantavirose na propriedade rural

Pessoas que vivem na área rural têm mais risco de exposição à doença

Preservar o meio ambiente e os animais que se alimentam de ratos silvestres (como cobras, gaviões, corujas, cachorros e gatos-do-mato) é a forma natural de controlar a transmissão da hantavirose. Mas alguns cuidados são necessários na propriedade:

– Evite contato direto com roedores ou com suas fezes e urina.

– Antes de limpar um lugar que esteve fechado, deixe ventilar por pelo menos uma hora.

– Ao ventilar e limpar ambientes fechados, use máscara respiratória com filtro P3.

– Após ventilar, faça a limpeza do local com uma solução de água sanitária a 10% (1 parte de água sanitária para 9 de água).

– Mantenha limpo o local onde vivem os animais da propriedade, recolhendo sempre as sobras de comida.

– Armazene os insumos suspensos em estrados, em depósito/paiol afastado de casas, lavouras e da mata.

– Coloque as pilhas de lenha em estrados suspensos do chão.

– Se não houver coleta regular, enterre o lixo orgânico a, no mínimo, 30 metros das construções.

– Não descanse em locais fechados com restos de alimentos ou grãos, como paióis.

– Dentro de casa, coloque toda a comida em sacos ou caixas fechadas numa altura de pelo menos 40cm do chão.

– Lave pratos e utensílios de cozinha imediatamente após o uso. Não deixe restos de alimentos no chão.

– Feche aberturas e fendas com mais de 0,5cm para evitar acesso de roedores a casas e anexos.

– Mantenha a área em volta de casas, galpões e alojamentos sempre limpa, sem mato, pneus velhos ou entulhos.

– Mantenha a vegetação rasteira em um raio de pelo menos 40m ao redor das construções, evitando abrigo e proteção para os roedores.

– O plantio de milho e outros grãos deve ser feito a no mínimo 40m de distância da residência.

Onde encontrar mais informações sobre a hantavirose

Na Secretaria de Saúde do seu município e também no site www.dive.sc.gov.br

Fonte: www.dive.sc.gov.br

Saiba mais sobre a doença no vídeo:

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