Uma família de Curitibanos plantou, no final de setembro, cinco variedades de aipim desenvolvidas pela Epagri. No dia 13 de junho, quase nove meses depois, chegou a hora de colher o material e testá-lo quanto à sua capacidade de cozimento e sabor.
E os resultados não decepcionaram. “Todas as variedades foram aprovadas”, relata Juliana Golin Krammes, extensionista rural da Epagri no município, que dá assistência técnica à família.
A propriedade do casal Adair e Ironita Lazzaretti, no Assentamento Herdeiros do Contestado, é uma Unidade de Referência Técnica (URT). Trata-se de propriedades selecionadas pelos técnicos da Epagri para implantação de tecnologias e que depois serão utilizadas para apresentar essas inovações a outras famílias agricultoras.
Foram plantados os cultivares SCS263 Guapo, SCS260 Uirapuru, SCS261 Ajubá, SCS262 Sempre Pronto e SCS258 Peticinho, todos desenvolvidos pela Epagri. Duas variedades cultivadas pelo casal, Manteguinha e Amarela, também foram plantadas, para efeito de comparação. A Epagri realizou análise de solo e recomendação de adubação para o plantio, sem custo para a família.
No dia 13 de junho aconteceu a demonstração e avaliação das variedades de aipim, realizada pela Epagri com a presença de outras famílias agricultoras. “O objetivo do evento foi mostrar o potencial produtivo dos materiais aqui na região e também a avaliação das variedades após o cozimento, como importante característica para a comercialização desses materiais”, explica Juliana.
A extensionista explica que, durante os meses de cultivos, todas as variedades se desenvolveram bem e sem a ocorrência de doenças. “Porém, como as condições climáticas no plantio prejudicaram o desenvolvimento do projeto, o trabalho nessa unidade será repetido neste ano”.
O resultado do trabalho é que os agricultores da região agora conhecem variedades de aipim desenvolvidas pela Epagri, com garantia de qualidade para serem comercializadas. O aipim é uma importante fonte de renda para a família Lazzaretti, que planeja investir cada vez mais. O casal pretende também construir uma agroindústria para fazer o processamento do aipim, e desenvolver sua marca.
A cultura da mandioca está presente em mais de 60 mil propriedades rurais catarinenses. A mandioca de mesa, também denominada de aipim, é encontrada em todo o estado, cultivada para consumo próprio das famílias, alimentação animal, venda in natura e para processamento agroindustrial.
Mais informações: emcuritibanos@epagri.sc.gov.br ou (49) 3412 3076.