Durante o Summit Cidades 2025, realizado em Florianópolis de 24 a 26 de junho, a Epagri destacou o papel da inovação científica no fortalecimento da segurança alimentar e no desenvolvimento sustentável das cidades. Em um espaço dedicado ao Núcleo de Inovação Tecnológica da empresa (NIT), o pesquisador da Estação Experimental de Itajaí, Laerte Terres, apresentou os resultados do Projeto Arroz, que transforma a cadeia produtiva do grão em Santa Catarina e projeta seus impactos para além das fronteiras do estado.
A pesquisa da empresa vem desenvolvendo materiais mais produtivos, resistentes a doenças e adaptados às diferentes regiões do estado. O projeto já lançou 37 cultivares de arroz — 27 deles voltados especificamente ao território catarinense. Atualmente, cerca de 80% da área cultivada com o cereal em Santa Catarina utiliza cultivares desenvolvidos pela Epagri.
“A cidade depende da produção de alimentos. E a inovação no campo é uma das formas mais diretas de garantir esse alimento com qualidade, sustentabilidade e preços acessíveis”, explicou o pesquisador Laerte Terres, durante sua apresentação no Summit Cidades, no dia 25 de junho. Em sua fala, o pesquisador demonstrou como o trabalho da pesquisa agropecuária também se conecta com o desenvolvimento de outros setores econômicos, como a indústria de alimentos, o comércio e os serviços ligados à cadeia do agronegócio.
Os cultivares da Epagri não só abastecem o mercado interno, mas também chegam a outros estados brasileiros, como Rio Grande do Sul, Maranhão e Tocantins, e a países como Argentina, Bolívia e Paraguai, mostrando que inovação no campo é também um ativo econômico para Santa Catarina.
Ponte entre o campo e a cidade
O NIT da Epagri tem papel estratégico ao proteger a propriedade intelectual das tecnologias geradas, articular parcerias com empresas e instituições e garantir que as inovações desenvolvidas pela pesquisa pública cheguem, de fato, à sociedade.
De acordo com o coordenador do NIT, Enilto Neubert, por meio de parcerias com empresas, universidades, agricultores e suas formas associativas com capacidade técnica e histórico de qualidade, o núcleo atua como ponte entre a pesquisa pública e os diferentes players do ecossistema de inovação e as cadeias produtivas. “Isso potencializa a adoção das tecnologias, impulsiona a economia local e fortalece a segurança alimentar urbana”, diz.
Enilto reforça que as riquezas geradas pelo agro também contribuem para o desenvolvimento de diferentes setores que movimentam as cidades. “Ao completar 50 anos de pesquisa agropecuária em 2025, a Epagri reforça que inovar no campo é também construir cidades mais resilientes, sustentáveis, inteligentes e saudáveis.
Mais informações e entrevistas: Laerte Terres, pesquisador da Estação Experimental da Epagri em Itajaí, fone (47) 3398-6314
Informações para a imprensa: Isabela Schwengber, assessora de Comunicação da Epagri, fones (48) 3665-5407/99161-6596
