A pesquisa pioneira liderada pela Estação Experimental da Epagri de Caçador com produção integrada de tomate de mesa ganhou impulso com a Norma Técnica Específica (NTE) para esse cultivo homologada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A notícia foi comemorada pelos pesquisadores, que buscam uma produção mais sustentável, com custo menor das lavouras e tomates mais saudáveis para o consumidor.
“Foram 13 culturas agrícolas que tiveram a publicação da norma técnica de produção integrada, entre elas o tomate de mesa, o que referenda o trabalho de pesquisa realizado principalmente pela Estação Experimental de Caçador desde 2004”, comenta o engenheiro-agrônomo Walter Ferreira Becker.
O documento tem 15 itens que serão referência para a produção de tomate no Brasil nos próximos anos, incluindo escolha do terreno, preparação do solo, adubação, manejo de pragas e doenças, sistema de alertas e comercialização.
O pesquisador conta que o grande destaque da produção integrada é o menor custo da lavoura, 35% menor do que na produção convencional. “Mas também há outros benefícios: segurança jurídica aos agricultores em relação às questões ambientais e trabalhistas e alimentos livres de agrotóxicos”, acrescenta Becker, lembrando que os agricultores que adotarem as boas práticas terão acesso ao selo Brasil Certificado, por meio do Inmetro, valorizando o produto no mercado.
Agora o projeto entra na quarta etapa, que é a formação da assistência técnica qualificada, para que a metodologia chegue aos agricultores brasileiros. A Produção Integrada prevê medidas como adoção de boas práticas de produção, manejo integrado de pragas e redução de agroquímicos para oferecer alimentos mais seguros e de alta qualidade.