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Produção de banana se recupera em SC e deve ser 50% maior em comparação a 2021

Em 2022, Santa Catarina deve aumentar em 50% a produção da banana em relação ao ano anterior, de acordo com o Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), que estima uma produção de 725,8 mil toneladas contra 480,7 mil t em 2021. Um dos fatores que alavancou esse crescimento foi o plano de recuperação dos bananais catarinenses afetados pelo ciclone bomba em 2020. SC é o quarto maior produtor de banana do país, responsável por 10% da produção nacional e o segundo em produtividade média. A produção está concentrada no Norte Catarinense (50%), seguida do Vale do Itajaí (35%) e do Sul do Estado (15%).

Epagri/Cepa estima uma produção de 725,8 mil toneladas de banana em SC 2022 (Foto: Nilson Teixeira)

Segundo Rogério Goulart Junior, analista de socioeconomia da Epagri/Cepa, no terceiro trimestre de 2020 houve adequações nas áreas em produção dos bananais com replantio entre 20% a 50% das plantas, principalmente no Norte Catarinense, onde os pomares foram mais afetados pelo ciclone, ocorrido em 30 junho e 1 de julho daquele ano. “Os bananicultores conseguiram readequar as áreas atingidas utilizando os programas da Secretaria da Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural, com aporte de recursos do Pronaf via acesso a crédito de custeio e investimento, com taxas de juros de 2,75% para os municípios afetados e com decreto de situação de emergência ou estado de calamidade pública por causa do ciclone”, diz o analista.

Ele explica que para outros casos, o juro para os pequenos produtores foi de 2,75% a 4% ao ano, conforme o Plano Safra 2020/2021. Já, como política pública, o “Projeto Recupera SC – Menos Juros”, previu a subvenção aos juros dos financiamentos para reconstrução de sistemas produtivos atingidos pelo ciclone. “Também houve a prorrogação para 15 de dezembro de 2020 o prazo de vencimento das parcelas de operações de crédito rural de custeio e investimentos contratadas pelos agricultores. A medida também beneficiou os produtores rurais que comprovaram redução nos contratos de venda e no escoamento da produção pela redução na demanda em função da pandemia da Covid-19”, informa Rogério.

Ciclone em 2020 causou tombamento de plantas e perda da qualidade das bananas em SC

Comercialização da fruta no Brasil

Em 2021, as centrais de abastecimento do país comercializaram mais de 692,27 mil toneladas de banana, com valor negociado de cerca de R$ 1,64 bilhão. Em 2019 o estado catarinense participou com 9,1% do volume comercializado nacionalmente, mas com os efeitos do ciclone na produção e dificuldades de distribuição na pandemia, SC apresentou redução de 38,3% no volume comercializado em 2020, mas no ano seguinte já havia ampliado 3% da quantidade do ano anterior.

Santa Catarina comercializou, em 2021, mais de 45,16 mil de toneladas de banana no atacado, o que representou mais de R$ 95,4 milhões. Os preços negociados no mercado de atacado foram 14,9% valorizados em relação ao ano anterior. No comparativo entre o primeiro quadrimestre de 2021 e 2022 o volume catarinense foi 1,7% menor com aumento de 5,7% nos preços.

De janeiro a abril de 2022, Santa Catarina participou com 50,6% do valor das exportações brasileiras (Foto: Nilson Teixeira)

Exportações

Com aumento da produção, a perspectiva para 2022 também é elevar a quantidade de frutas para a exportação. Segundo a Epagri/Cepa, o valor das exportações brasileiras no primeiro quadrimestre de 2022 foi de US$ 14,9 milhões, com aumento de 24,3% em relação a 2021. Nos quatro primeiros meses de 2022, Santa Catarina participou com 50,6% do valor das exportações brasileiras, ou seja, com US$ 7,56 milhões, e com um volume de 18,8 mil toneladas comercializadas da fruta (52%).

No comparativo entre o primeiro quadrimestre de 2021 e 2022, os quatro principais estados exportadores apresentaram aumento de 14,4% no volume da fruta enviada para o exterior e com aumento de 29,8% no valor das exportações.

Informações e entrevistas
Rogério Goulart Junior, analista de socioeconomia da Epagri/Cepa, pelo fone (48) 3665-5448.

Informações para a imprensa
Gisele Dias, jornalista
(48) 3665-5147 / 99989-2992

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