Leandro do Prado Ribeiro, entomologista e pesquisador da Epagri, é um dos editores do livro Inseticidas Botânicos no Brasil: aplicações, potencialidades e perspectivas, editado pela Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq). A obra reúne resultados de pesquisas sobre o emprego de inseticidas botânicos no manejo integrado de pragas conduzidas por especialistas renomados no assunto e pretende ser referência para professores, pesquisadores, estudantes e profissionais.
José Djair Vendramim, professor do Departamento de Entomologia e Acarologia da Esalq/USP, e Edson Luiz Lopes Baldin, falecido em junho de 2022, dividem com o pesquisador da Epagri a edição da publicação. São cerca de 650 páginas, organizadas em três seções e 16 capítulos, que abordam aspectos conceituais, técnicos, legais e aplicados sobre o tema, incluindo as principais famílias botânicas com potencial inseticida no Brasil, além da atualização sobre a regulamentação de coleta e acesso ao patrimônio genético.
“A obra contempla, de forma didática e ilustrada, técnicas de extração, procedimentos de análise, formas de obtenção e formulação de produtos comerciais e de emprego de inseticidas botânicos em sistemas de produção agropecuária e no manejo de artrópodes-praga de importância agrícola, veterinária e para a saúde pública”, explica Leandro.
Segundo ele, as últimas publicações nacionais sobre o assunto são de mais de 15 anos atrás e sem a abrangência da obra atual, que contempla contribuições de 44 especialistas, entre pesquisadores e professores, de diferentes áreas do conhecimento (entomologia, química, farmácia, engenharia e direito). O prefácio é do Prof. PhD. Murray B. Isman (University of British Columbia), considerado a maior autoridade mundial no assunto.
Potencial
As informações apresentadas no livro devem contribuir para o fortalecimento de linhas de pesquisa na área, a formação de profissionais qualificados e a consolidação da geração de produtos de alto valor agregado a partir da diversificada flora brasileira.
“O manejo de pragas baseado exclusivamente na aplicação de inseticidas sintéticos de largo espectro vem enfrentando significativas restrições, o que reforça a necessidade do desenvolvimento de novas abordagens, especialmente de ingredientes ativos dotados de diferentes modos de ação sobre as espécies-alvo e que apresentem maior segurança, seletividade e biodegradabilidade. A flora tropical, com sua biodiversidade única, é um promissor reservatório natural de substâncias bioativas, inclusive de novos compostos inseticidas”, afirma Leandro.
Interessados em adquirir a publicação podem clicar aqui ou entrar em contato pelo e-mail livros@fealq.org.br.
Com informações da Fealq