Pesquisadores e extensionistas da Epagri, professores de mecanização agrícola da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e produtores rurais se uniram para trabalhar na adaptação de máquinas de semeadura direta de cebola. O objetivo da parceria é propor alterações nos equipamentos para viabilizar o cultivo da hortaliça sobre cobertura morta (palhada), reduzindo a erosão e melhorando a qualidade da produção.
Édio Zunino Sgrot, extensionista da Epagri de Ituporanga, conta que o custo de produção da cebola no Alto Vale do Itajaí tem subido em função do uso intensivo de mão de obra contratada nos períodos de plantio e colheita (correspondendo a até 50% do custo total) e também do atendimento à lei trabalhista. “Com o objetivo de reduzir a mão de obra, muitos agricultores estão optando pelo sistema de semeadura direta em vez do transplante das mudas”, explica.
O problema é que as máquinas utilizadas na semeadura direta não conseguem fazer um bom trabalho no terreno coberto com palhada, exigindo o preparo convencional do solo, que retira essa proteção. “O preparo convencional tem provocado um processo erosivo bastante acentuado em anos com chuvas excessivas”, ressalta Édio.
O grupo visitou uma série de propriedades rurais, experimentos com o sistema de plantio direto e uma indústria que faz adaptações em máquinas. Não há previsão de data para apresentar um protótipo do equipamento, mas os testes em campo já estão sendo realizados.