Entraram no ar, nesta semana, dois novos painéis interativos do Observatório Agro Catarinense. O material disponibiliza, em ambiente virtual e de acesso público, dados sobre mais dois produtos agropecuários: mel e ovos. O Estado é o terceiro maior exportador de mel e o quarto maior produtor de ovos de codorna do país, além de ocupar o sétimo lugar no ranking nacional na produção total de mel e de ovos de galinha. Os painéis estão disponíveis na área temática de Produção Agropecuária e podem ser acessados aqui.
A responsabilidade técnica pela elaboração dos painéis é do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa). Conforme a gerente da unidade, Edilene Steinwandter, o conhecimento disponibilizado pelo Observatório é continuamente atualizado e expandido. “Nossa proposta é reunir a maior quantidade possível de informações sobre o agro catarinense, para que o conhecimento gerado reflita a realidade desse setor no Estado”, explica.
Os dados sobre a produção catarinense de mel e ovos de galinha e codorna são apresentados para o nível estadual, regional e municipal. Constam informações sobre a quantidade produzida, a evolução da produção ao longo dos últimos anos, a variação em relação ao ano anterior e os rankings regionais e municipais de produção.
O painel interativo sobre a produção de mel é um dos resultados do Termo de Cooperação firmado entre a Epagri/Cepa, a Federação das Cooperativas Agropecuárias de Santa Catarina (Fecoagro) e a Federação das Associações de Apicultores e Meliponicultores de Santa Catarina (Faasc) para a organização e o levantamento de dados e informações socioeconômicas relativas ao setor de apicultura e meliponicultura do Estado.
Produção de mel
Segundo dados da Pesquisa Pecuária Municipal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, foram produzidas em Santa Catarina 4,75 mil toneladas de mel. Isso gerou um valor de produção estimado em aproximadamente R$71 milhões e colocou o Estado em sétimo lugar no ranking nacional das unidades federativas produtoras. O principal município produtor é Bom Retiro, na região agro Planalto Sul, onde foram produzidas 450 toneladas de mel em 2022, cerca de 9,5% da produção estadual.
Conforme explica a analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural na Epagri/Cepa, Cintia Uller Gómez, os dados do IBGE, para 2023, devem ser divulgados no segundo semestre do ano em curso.
Em relação à exportação, os números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), para 2023, colocam Santa Catarina na terceira posição nacional. No ano passado, foram exportadas cerca de 3,6 mil toneladas, o que gerou um faturamento de mais de US$10 milhões. O principal destino do mel catarinense foram os Estados Unidos, que adquiriu mais de 80% da produção destinada ao comércio internacional.
Os dados sobre a exportação de mel podem ser consultados na área temática de Comércio Internacional, no site do Observatório Agro Catarinense, a partir da seleção do grupo “produtos apícolas”.
Produção de ovos
A produção de ovos de galinha, em Santa Catarina, apresentou crescimento gradativo desde 2019. Conforme os dados do IBGE, o Estado foi responsável pela produção de quase 277 milhões de dúzias de ovos de galinha e de 27,6 milhões de dúzias de ovos de codorna em 2022. A origem da maior parte da produção foi o município de São Ludgero, na região agro Litoral Sul. No município, foram produzidas, em 2022, 36 milhões de dúzias de ovos de galinha (cerca de 13% da produção estadual) e aproximadamente 10 milhões de dúzias de ovos de codorna (cerca de 36,6% do total produzido no Estado).
Conforme o analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa, Alexandre Giehl, Santa Catarina ocupa a quarta posição no ranking nacional da produção de ovos de codorna, com 12,1% da produção, e a sétima posição no ranking da produção de ovos de galinha, respondendo por 5,7% do total produzido no país.
Uma parcela da produção catarinense de ovos de galinha é destinada ao comércio internacional. Em 2023, o principal produto exportado foi ovos fertilizados destinados à incubação, o que gerou um faturamento de aproximadamente US$20,3 milhões. Mais de 96% do total das exportações desse item foram destinadas ao México por via aérea.
