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Hotsite da Epagri/Ciram apoia regularização ambiental de propriedades rurais catarinenses

Santa Catarina possui cerca de 600 mil hectares de áreas de preservação permanente (APPs) sendo utilizadas para fins agropecuários. Isso coloca essas terras em desacordo com o previsto no código florestal brasileiro. Contudo, tais áreas podem se adequar à legislação. Uma das formas é a adesão ao Programa Estadual de Regularização Ambiental (PRA-SC), que prevê ações de diagnóstico e recuperação de áreas com conflito legal de uso.

Áreas próximas a corpos d’água devem ser preservadas (Foto: Luiz Fernando Vianna / Epagri)

A legislação brasileira permite que propriedades de agricultura familiar utilizem Sistemas Agroflorestais (SAFs) para cumprimento do PRA. SAFs são espaços produtivos que conciliam a manutenção ou cultivo de espécies lenhosas (árvores, arbustos, bambus e palmeiras) em associação com cultivos agrícolas e/ou produção de animais, de maneira simultânea ou sequencial. 

Projeto Base-PRA

A adesão ao PRA-SC demanda uma série de ações a serem desenvolvidas por técnicos e gestores ambientais que atuam com planejamento e assistência técnica aos produtores rurais. Para auxiliar esses profissionais nessa importante missão de regularização ambiental, pesquisadores da Epagri/Ciram disponibilizaram um hotsite que apresenta os resultados do Projeto Base-PRA, desenvolvido com financiamento da Fapesc. 

“O projeto foi estruturado para gerar, reunir e disponibilizar informações que possam subsidiar o planejamento e a execução, em escala local, municipal e regional, do PRA em Santa Catarina”, explica Fábio Martinho Zambonim, pesquisador da Epagri/Ciram e líder do estudo. “Nesse sentido, o hotsite apresenta aos técnicos o contexto geral e as normas do PRA no Estado, entre outras informações”, contextualiza o pesquisador.

Sistema de Mapeamento da Fragilidade Ambiental

Um dos aplicativos do hotsite é o Sistema de Mapeamento da Fragilidade Ambiental de SC (SMFA-SC). Ele permite ao usuário identificar, quantificar e espacializar as áreas prioritárias para regularização, levando em consideração a fragilidade ambiental. Voltado ao público técnico, apresenta as áreas que se encontram em conflito de uso do solo, bem como a vulnerabilidade da área em função do uso, da proximidade de corpos d’água, da declividade e da posição no relevo. O hotsite traz ainda a situação atual e histórica do uso e da cobertura do solo e da fragilidade ambiental nas APPs no Estado.

Palmeiras podem ser usadas em SAFs (Foto: Fábio Martinho Zambonim / Epagri)

Além disso, estabelece as estratégias técnicas e princípios para elaboração dos Projetos de Recuperação de Áreas Degradadas e, ou, Alteradas (PRADAs). Estão disponíveis materiais técnicos aplicados, elaborados pela equipe de pesquisa, que abordam os princípios e as técnicas de restauração florestal de áreas ciliares e para a implantação de SAFs, voltados aos profissionais que atuarão nas elaborações dos projetos de recuperação de áreas degradadas e, ou, alteradas em SC. 

Foram incluídos também relatórios e publicações técnico-científicas que caracterizam os principais sistemas agroflorestais tradicionais praticados por agricultores familiares catarinenses. Identificou-se o potencial de imobilização de carbono, a composição e diversidade botânica predominantes, as espécies âncoras econômicas e as práticas de manejo desses sistemas.

O hotsite pode ser acessado gratuitamente aqui ou pelo site da Epagri/Ciram, no menu Serviços/Base-PRA.

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