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BLOG-Epagri

Pesquisador da Embrapa participa de agenda em Itajaí e Imbituba para divulgar projeto de parceria público-privada

A Estação Experimental d a Epagri em Itajaí (EEI) recebeu, no último dia 4, visita do pesquisador da Embrapa Instrumentação, de São Carlos (SP), Caue Ribeiro, dentro da programação que deu início ao acordo de cooperação firmado em dezembro entre Epagri, Embrapa e a empresa de fertilizantes MaxiSolo. O acordo tem duração de três anos e prevê a formulação de um fertilizante organo-mineral que incremente a demanda nutricional dos fertilizantes minerais, aproveitando resíduos orgânicos agroindustriais para atender diferentes culturas.

Caue Ribeiro mostrou aos colegas pesquisadores da Epagri de Itajaí os avanços tecnológicos da Embrapa Instrumentação 
(Foto: Renata Rosa / Epagri)

Em Itajaí, Caue fez uma apresentação para os pesquisadores mostrando a evolução no portfólio de produtos da Embrapa Instrumentação. Desde a adesão ao modelo de financiamento conjunto, a Embrapa de São Carlos já lançou 45 projetos de inovação agrícola, a maioria em parceria com empresas privadas. 

Impulso em 2023

O modelo ganhou impulso em 2023, quando foi inaugurada em São Carlos uma unidade da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), criada em 2013 para alavancar a inovação industrial e manter o dinamismo das instituições de pesquisa públicas ao dividir com a iniciativa privada o risco na fase pré-competitiva dos projetos.

“Quando lançamos um novo tratamento para a mastite, não teve interessados em adquirir aquela tecnologia que levou anos de pesquisa e investimento público e humano. Foi aí que percebemos a importância de trazer as empresas para dividirem esse custo, investindo num produto que atenda às suas necessidades. Nós entramos com as competências e infraestrutura”, relembra Caue. 

Ele explica que, para que a parceria seja efetiva, o projeto de pesquisa deve estar na fase quatro ou cinco de desenvolvimento, numa escala que vai até nove (produção e comercialização). É quando o conceito foi formulado e está em estágio de validação em laboratório. A partir daí, há um risco grande de o projeto não prosperar comercialmente, por isso a necessidade de envolver outros atores interessados no desenvolvimento daquela tecnologia. 

“A iniciativa privada traz informação de mercado que nós não temos se ficarmos isolados em nossos laboratórios. E para isso é preciso fazer a prospecção ativa dessas empresas, participando de feiras, fóruns e abrindo as portas para que eles nos tragam os problemas a fim de buscarmos soluções de forma conjunta, amparado pelo aporte de agências financiadoras como o CNPq e o Finep”, explicou. 

Equipamento exportado para 18 países

Entre os produtos lançados pela Embrapa Instrumentação está a Nanoemulsão de cera de carnaúba licenciada para a Tanquímica – Agrofresh (Tanwaxx), que prolonga o tempo de prateleira de frutas. Há tamém o SpecFIT HR100, um equipamento de ressonância magnética nuclear para análise do estado de conservação de líquidos envasados, como vinho e azeite, e hoje é exportado para 18 países das Américas, Europa e Ásia. 

Em Imbituba, os pesquisadores Caue Ribeiro e Gelton Guimarães conheceram o parque industrial da empresa parceira MaxiSolo (Foto: Divulgação / Epagri)

Caue também veio a Santa Catarina para a primeira reunião com a diretoria e corpo técnico da MaxiSolo, acompanhado do pesquisador da Epagri de Itajaí, Gelton Guimarães. Eles conheceram a infraestrutura da empresa, que nasceu da evolução da SulGesso, uma produtora de condicionadores de solo, que ampliou as atividades para atender a demanda por nutrição vegetal. Uma relação de parceria que começou lá atrás, quando a Epagri formulou um boletim técnico para o aproveitamento do gesso para uso agrícola, em 2002. 

O novo produto vai atender à crescente demanda por fertilizantes no país. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), foram importados ao longo de 2024, 44,3 milhões de toneladas de fertilizantes, um crescimento de 8,3% em comparação a 2023.  Estima-se que apenas 15% da demanda nacional seja fabricada no Brasil.

A direção da MaxiSolo declarou estar entusiasmada em participar do projeto de inovação tecnológica por meio da cooperação técnica com instituições renomadas como a Embrapa e a Epagri. “Essa parceria reflete o compromisso conjunto de fomentar soluções tecnológicas e práticas avançadas que beneficiarão não apenas o setor, mas também as comunidades e o meio ambiente. Estamos entusiasmados em trabalhar ao lado de parceiros de excelência para transformar ideias em resultados concretos, alinhados ao nosso maior propósito, que é um solo saudável e um mundo melhor”, declarou o presidente Manoel Duarte Ferreira.

Por Renata Rosa, jornalista bolsista da Epagri/Fapesc

Informações para a imprensa
Isabela Schwengber, assessora de comunicação da Epagri: (48) 3665-5407 / 99161-6596.

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