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BLOG-Epagri

Dinâmica de grupo e construção coletiva marcaram primeiro dia do curso Flor-E-Ser na Epagri de Itajaí

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Conhecer o trabalho desenvolvido pela Epagri e começar a desenvolver as ferramentas sociais necessárias para deslanchar seu próprio negócio foram as pautas do primeiro dia da oficina Flor-E-Ser no Centro de Treinamento da Epagri em Itajaí (Cetrei), na última terça-feira, 11. Participam desta edição 15 agricultoras de municípios atendidos pela Regional de Itajaí, como Penha, Luiz Alves, Massaranduba, Ilhota, Camboriú e Guabiruba. 

Para florescer é preciso conhecer a força que a mulher tem dentro de si (Fotos: Renata Rosa / Epagri)

De manhã, as agricultoras foram recepcionadas no Cetrei pelo gerente Jorge Malburg e assistiram no auditório à apresentação da extensionista social e engenheira-agrônoma Nelita Fabiana Moratelli, da Regional de Blumenau. Fabiana mostrou a estrutura e atuação da Epagri no Estado, a pesquisa de novos cultivares e o apoio dado aos produtores através da extensão, que vai desde técnicas de manejo às linhas de financiamento. 

Fabiana também traçou um panorama histórico a partir de 1850, quando um movimento migratório mudou a cara de Santa Catarina. Fugindo dos conflitos na Europa, famílias de camponeses italianos e alemães cruzaram o oceano em busca de uma vida melhor, e por aqui receberam do governo um lote de 250 hectares para desenvolver a agricultura. 

Com a ajuda da Epagri, a partir dos anos de 1990, o parque agrário catarinense se diversificou, se especializou e hoje se destaca, na região de Itajaí e Joinville, pela produção de banana, hortaliças, arroz e palmáceas, entre outros. 

Sem falar nas pequenas agroindústrias artesanais, que buscam capacitação para se tornarem mais produtivas. É aí que entra a Epagri com cursos como Flor-E-Ser, direcionado ao público feminino. Fabiana enumerou as vantagens do aprimoramento técnico, como legalizar o negócio, aumentar a cadeia de distribuição, ter acesso ao crédito e se especializar para seu produto se destacar nas gôndolas dos mercados, empórios e feiras.

Fortalecimento de vínculo e construção coletiva

Na parte da tarde, as agricultoras participaram de uma dinâmica de grupo, ministrada pela extensionista social e pedagoga Márcia da Rosa Gomes. Para entrosar a turma, Márcia solicitou às participantes escrever num crachá seu nome, o que pretende aprender e o que pode ensinar às companheiras. Depois foram formadas duplas, em que cada agricultora apresentou a colega. E foi feita uma dança circular, que fortalece o vínculo recém-criado. 

Dinâmica de grupo procurou fortalecer vínculos recém-criados

Uma das participantes é Rosiane de Melo Adami, 55 anos, que tem um sítio em Itaipava, em Itajaí, onde planta arroz e aipim. Desde 2007, vende artesanato na tradicional Feira do Fiúza Lima, no bairro da Vila, além de empadão e cucas que aprendeu em cursos da Epagri, e o tortéi, uma massa fresca com recheio de abóbora, que é receita de família. 

Sua intenção, no curso Flor-E-Ser, é aprender como montar uma cozinha industrial para fazer seus quitutes e ficar por dentro das políticas públicas que podem dar suporte ao seu empreendimento. “É uma oportunidade para meu negócio ficar mais profissional. Estou gostando muito”, elogiou. 

No dia seguinte, as participantes tiveram aulas sobre associativismo e cooperativismo, e conheceram casos de sucesso de agricultoras de Camboriú. O curso vai até 28 de maio.

Por Renata Rosa, jornalista bolsista da Epagri/Fapesc.

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