Pulverizadores regulados e calibrados são fundamentais para o bom desempenho da agricultura, tanto convencional como orgânica. Isso porque estes equipamentos servem para aplicar nas lavouras produtos usados na produção orgânica e agrotóxicos empregados na produção convencional.
Quando estão regulados e calibrados, os pulverizadores promovem a produtividade das lavouras com redução de custos, bem como preservam a saúde dos profissionais responsáveis pela aplicação. São também instrumentos importantes para a sustentabilidade ambiental do meio rural, pois viabilizam o uso racional de agrotóxicos.
Pensando neste cenário, a Epagri já capacitou cerca de 150 pessoas, entre profissionais de sua equipe e da Cidasc, no Curso Estadual de Regulagem e Calibração de Pulverizadores. Foram duas turmas on-line, em 2020 e 2021, e sete turmas presenciais, nos três últimos anos. As aulas presenciais acontecem no no Centro de Treinamentos da Epagri em Videira.
A turma mais recente se reuniu entre 11 e 13 de junho. Participaram extensionistas rurais, funcionários de campo dos Centros de Treinamento e Estações Experimentais da Epagri e engenheiros-agrônomos da Cidasc. Foram abordados temas pertinentes à saúde do trabalhador rural, demonstrando os cuidados necessários durante o manuseio de agrotóxicos, o uso correto de equipamentos de proteção individual e sua higienização adequada.
Demonstrações práticas
O curso é organizado e conduzido pelos extensionistas rurais Alberto Färber Júnior e Arlindo Rech Filho, sob coordenação de Sérgio Neres da Veiga. Nos três dias de capacitação os alunos participaram de demonstrações práticas do funcionamento de pulverizadores costais, pulverizadores turbo-atomizadores e pulverizadores de barra, “sempre alertando para os cuidados para com o operador”, detalha Alberto.
Também foram tratados os principais problemas encontrados no dia-a-dia no campo, os pontos de atenção e as melhores práticas para resolução de problemas. Os alunos aprenderam ainda a regular e calibrar os pulverizadores, visando sempre o uso racional e criterioso de agrotóxicos. “Em todas as etapas, os participantes puderam exercitar e praticar, ajustando equipamentos, simulando o uso das máquinas e fazendo exercícios práticos”, pontua Arlindo.
Os participantes do curso conheceram ainda outros assuntos que fazem parte da tecnologia de aplicação, como a importância da observação das condições climáticas para pulverização e proteção do meio ambiente, a qualidade da água e os tipos e escolhas de pontas de pulverização. “Uma verdadeira imersão no mundo da tecnologia de aplicação”, finaliza Sérgio.