Santa Catarina está, mais uma vez, mobilizada para proteger os pomares de maracujá-azedo do vírus do endurecimento do fruto. O vazio sanitário já está em vigor e os produtores devem eliminar todas as plantas de acordo com o calendário definido pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).
Henrique Belmonte Petry, pesquisador da Estação Experimental da Epagri em Urussanga, explica que a doença é disseminada por pulgões e faz com que o pomar produza frutos mais duros, deformados, sem brilho e com menos polpa. “A transmissão é muito rápida. Por isso, para controlar a proliferação do vírus, os pomares são eliminados todos os anos, atendendo ao vazio sanitário”, acrescenta.
O vazio sanitário do maracujá foi estabelecido em Santa Catarina em 2020 por uma portaria da Secretaria de Estado da Agricultura. Em 2023, ele está em vigor de 1º de julho a 29 de agosto, com períodos específicos para cada região produtora. Confira:
– 1º de julho a 30 de julho: Araranguá, Balneário Arroio do Silva, Balneário Gaivota, Balneário Rincão, Criciúma, Ermo, Forquilhinha, Içara, Jacinto Machado, Maracajá, Meleiro, Morro Grande, Passo de Torres, Praia Grande, Santa Rosa do Sul, São João do Sul, Sombrio, Timbé do Sul e Turvo.
– 11 de julho a 9 de agosto: Biguaçu, Bombinhas, Canelinha, Capivari de Baixo, Cocal do Sul, Florianópolis, Garopaba, Governador Celso Ramos, Imaruí, Imbituba, Jaguaruna, Laguna, Morro da Fumaça, Nova Veneza, Palhoça, Paulo Lopes, Porto Belo, Sangão, São José, Siderópolis e Tijucas.
– 21 de julho a 19 de agosto: Águas Mornas, Angelina, Anitápolis, Antônio Carlos, Armazém, Balneário Camboriú, Bom Jardim da Serra, Botuverá, Braço do Norte, Brusque, Camboriú, Grão-Pará, Gravatal, Guabiruba, Itajaí, Itapema, Lauro Müller, Major Gercino, Nova Trento, Orleans, Pedras Grandes, Pescaria Brava, Rancho Queimado, Rio Fortuna, Santa Rosa de Lima, Santo Amaro da Imperatriz, São Bonifácio, São João Batista, São Ludgero, São Martinho, São Pedro de Alcântara, Treviso, Treze de Maio, Tubarão e Urussanga.
– 31 de julho a 29 de agosto: Demais municípios do estado.
Durante o período determinado para cada município, é proibido cultivar ou implantar pomar de maracujá-azedo, manter ou permitir, em campo, a presença de plantas vivas em qualquer fase de desenvolvimento. A medida vale tanto para pomares comerciais quanto para cultivos caseiros ou urbanos. O cultivo de mudas pode ser mantido nesse período, desde que atenda aos critérios estabelecidos pela Cidasc.
Produção de mudas
Em Santa Catarina, a produção de mudas de maracujazeiro livres de vírus deve ser realizada exclusivamente em ambiente protegido. Os viveiros devem ser construídos com tela antiafídeo e dispor de antecâmara com portas desencontradas, para evitar o ingresso de insetos na área de produção de mudas. “A combinação do vazio sanitário e das regras para produção de mudas são as principais medidas para controle da doença”, explica Petry.
Denúncias
Os produtores que descumprirem as regras do vazio sanitário estão sujeitos a penalizações. Denúncias podem ser feitas à Cidasc pelo fone 0800 644 6510 ou pelo WhatsApp: (48)3665 7300.
informações e entrevistas:
Henrique Belmonte Petry, pesquisador da Estação Experimental da Epagri em Urussanga – (48) 3403-1379.
Informações para a imprensa:
Isabela Schwengber, jornalista – (48) 3665-5407 / 99167-3902
Saiba mais sobre a produção de mudas de maracujá no vídeo: